4 de agosto de 2009

Além da dor as paredes hão de descobrir o que há entre mim e o montículo do futuro que prepara minha vida. Porque o tempo não se esvai jamais; o que acaba é a minha vontade de captar esperança entre os ponteiros que nada me indicam assim que meus olhos são vãos à paisagem.
Porque na verdade um som qualquer sabe dizer muito mais que a minha voz e o que hoje, eu tenho profundamente vontade de dizer. É exatamente na aturbulação que a mudez afina sua condição à mim, ainda que eu resista, não adianta dizer 'não'. Além da dor desse dia, não há paredes pra me esconder e abafar o chôro que hoje não saiu, e não há esperança nem ponteiros suficientes pra indicar um quadro específico de mim. E assim, uma figura entrecortada da realidade para eu mesma é o vínculo mais puro e sublime do que hoje, só hoje, eu tenho certeza que existe.