26 de junho de 2009

-Pare por favor,
isso dói,
dói, dói...

...talvez você não faça nem ideia
do quanto.

23 de junho de 2009

"E, amor, provavelmente você não saiba dizer onde foi que eu larguei aquelas cartas passionais do verão retrasado. E nem saiba explicar como foi que pequei tão escancaradamente.

Havíamos perdido o juízo e a razão, e nos transformado no próprio álcool da garrafa. Ácidos e inoportunos. Rebeldes demais para nergarmos qualquer sentimento. Certeiros o suficiente para causarmos ressaca. Nos tornamos a velha insistência do caos. A malícia da intensidade. O desejo exacerbado, incontido e dilacerado. Tu era meu conto de amor barato e eu a desobediência penetrante em teus olhos.

E então, alguns dias se passaram. E eu só me dei conta, quando senti os minutos gelados escorrendo nos meus poros ansiosos. Sentada no chão, enfiada num texto passional, vômitando citações egocêntricas e perigosamente pessoais, te vi escapando pelas beiradas da minha boca. Te vi indo embora.

E apenas quem conhece a repetição de uma despedida idiota, sabe como é ter o peito e o pescoço nas mãos de alguém. Apenas quem desconhece o sabor da carne intacta, sabe como é amar ao contrário. Apertando o coração para calar o choro, enquanto se rasga e se queima velhas demonstrações futuras de amor.

E agora, com esse sorriso bordô e descabelada, proponho-me fugir para qualquer lugar onde eu possa espalhar-me em sorrisos grandes. Presa fácil. Mulher difícil. Quente como o asfalto da avenida e fria feito a chuva da semana anterior.

E talvez nem eu mesma saiba dizer onde foi que eu deixei aquelas antigas frases rasgadas. Mas não precisa se preocupar. Tu estará sempre vivo em tua momentânea morte imbecil, para ver o que é que se faz com as tais velhas cartas de amor, que nunca me escreveu."

22 de junho de 2009

Por que que quando eu chego a conclusão que mesmo estando tudo errado essa é a melhor forma de estar tudo certo tu vem e muda tudo?
Por que os dias parecem melhores agora mesmo sendo os piores possíveis?
O que é que estou dizendo?
A vida é bela mesmo suja de tinta?
Os universos paralelos se encontram e se apaixonam todos os dias ou só eu que me apaixono constantamente pra não me dar mais valor?
Outras línguas são realmente interessantes mesmo quando a beleza é traduzida pra hostilidade?
Quem sou eu?
Do you have the time to listen to me whine about nothing and everything all at once?

"Estou tentando me privar da vontade louca que tenho de chorar. Meus sorrisos são sinceros, não me entenda mal. Há felicidade em mim mas há uma tristeza também, que bate lá do fundo e que independe de mim vem de vez em quando... com ou sem porquê... simplesmente vem. Tento controla-la, mas estou chegando no limite. Não adianta negar que não estou pensando em você. De forma diferente: não te quero mais. Isso é dor que alivia. É frustração que acalma. Por mais que adjetive, ainda assim, tudo o que sobra é dor e frustração. Foi muito bom te conhecer mas agora eu me pergunto se ainda te conheço...

Quero te conhecer de novo, para quem sabe te querer de volta."

21 de junho de 2009

Sou controladora, mas não controlada, enfio os 10 dedos na tomada, levo choque, e mais tarde repito a dose, novo choque: sou uma viciada em arrependimentos emocionais.

17 de junho de 2009

- Renuncio.
- Definitivamente, as pessoas não mudam assim...em alguns meses.
- E tenho dito!

14 de junho de 2009

[Por que não consigo esquecer?
Diga-me o que tem ainda que acontecer até que você se torne nada para mim.
Eu gostaria tanto de te odiar, mas o amor não me deixa.
O amor não me deixa.
Eu queria não mais pensar em você.
Acredite, eu tentei. Queria te afogar no vinho mas, como você vê, não funcionou.
Eu queria terminar tudo aqui mas os anos não se apagam tão facilmente.
Dizem que o tempo cura todas as feridas.
Mas em mim ele as abre novamente...]



Die liebe lässt mich nicht-Silbemond


13 de junho de 2009

Foi então que eu desisti de caminhar no encalço das horas.

"Eu ora preferia aquela quietude de coisa não dita, ora encharcava-me de alma de verbo vertendo sangue até desfalecer de tanto viver. Foi então que eu vi, na palidez da sensação que se esboçava ainda ambígua, de pernas trêmulas, no esquivo e pequeno espaço compreendido entre o meu coração e a minha razão, que o sentido que eu buscara para a minha solidão rasgara voluntariamente o peito em algum espinho trôpego esquecido sob a sombra do meu corpo ainda quente das lembranças do dia seguinte. É que o dia seguinte lega lembranças mais vívidas do que todos os dias que se foram; é que a hora passada morre e leva consigo todo e qualquer fogo. Do que não havia, nem jamais houvera, restava uma iminência pesando-me sobre os ombros; do que não havia, nem jamais houvera, restava um instante sufocado sob o que de fato foi - mas ora, o que, de fato, foi? Do que não havia restava tanto, eu nunca contente com meio-parte-nada-quase, eu nunca contente com menos que tudo, eu sempre engolindo faíscas do mundo e devolvendo-me inteira em permuta, eu que não barganho indulgência nem coisa alguma e me permito a cega inocência das paixões sem culpa, eu que já não me sabia, eu não me sabia: eu era a gota de caos a me fazer falta enquanto a vida seguida dolorosamente plácida, eu que não tenho sossego, eu não tenho sossego, eu não quero sossego, eu que já não me cabia, eu não me cabia. Mas era a vez de me recolher no calor de novos planos e de aquecer as mãos entre os dedos longos do tempo nascente, que o tempo sempre chega e parte e castiga e abençoa e pede perdão, que o tempo sempre morre e nasce de mãos enlaçadas às de quem lhe perdoa os desatinos."


*haushaushaushasuahs*

Como ser uma masoquista virtual

"LIÇÃO 1: Acredite em qualquer doido internético que apareça dizendo que você é a mulher da vida dele. Principalmente quando ele morar a 484856869795 km de você (ou mais).

LIÇÃO 2: Largue a sua vida, seus amigos, seus programas e deixe a periquita voltar a ser virgem, tudo em nome do grande amor da sua vida... aquele da internet que mora a 484856869795 km de você (ou mais) e provavelmente mete o pinto em todos os buracos possíveis (se bobear, traça até os tijolinhos). Mas claro que, na sua frente, ele é a própria santidade... discurso lindo!

LIÇÃO 3: Depois que a periquita voltar a ser virgem,certifique que seu eleito tem 436485678745767 amigas empenhadas 24 horas por dia em convencê-lo do quanto ele tem approach. E mais: ele precisa falar disso com você, afinal doido que é doido faz isso - e masoquista que é masoquista não será completa o suficiente sem este item.

LIÇÃO 4: Acredite fielmente quando o maluco disser que ama você e recuse-se a ver os ataques de grosseria, as agressões e as inúmeras contradições e esquisitices que ele praticar com a sua resignada pessoa - só porque ele está na TPM e resolveu ser um filhadaputabocadefronha e falar merdinhas ao seu ouvido, no péssimo sentido.

LIÇÃO 5: Quando você finalmente decidir dar um basta e terminar a relação, faça num momento de fragilidade extrema (sua) para que ele te convença que você é a doida. Acredite piamente que você está vendo chifre em cabeça de cavalo (e não na sua) quando ele disser que as amigas são apenas criaturas carinhosas e assíduas, e que ele só tem olhos para você. Se não acreditar, finja. Quando estiver na iminência de fraquejar e de recuperar seu amor-próprio, vá até o muambeiro da esquina e compre o cd do mc-sei-lá-das-quantas, aquele do "um tapinha não dói". Ouça em volume máximo até isso penetrar na sua mente como uma verdade suprema, um verdadeiro mantra de sabedoria inquestionável. Afinal, quer ser masoquista ou não?

LIÇÃO 6: Sinta-se péssima, chore, escute todas as músicas de corno, aquelas doloriiiidas... é realmente importante que você definhe, se acabe, fique se torturando ao máximo imaginando o quanto você foi insensível e o quanto deixou de entender as necessidades daquele bofe maravilhoso, daquela perfeição em forma de gente (mesmo que você nunca tenha visto a cara dele, seria uma jumenta se duvidasse de que ele é um príncipe!!). Lembre-se sempre, é você que é uma desgraça ambulante - ele é o Senhor Perfeição, um verdadeiro Mr. Loverman dos trópicos, aquele que nem fede, caga cheiroso e está sempre perfeito. Aí, quando ele insinuar aparecer na sua vida novamente, corra e se jogue aos seus pés, pedindo perdão por você ser uma completa besta!

LIÇÃO 7: Lembre-se - você não tem competência nenhuma para arrumar um namorado "real". Você é inferior. A sua periquita merece ficar em estado permanente de hibernação. Você tem que levantar a mão pro céu e agradecer por alguém ter te dado uma colher de chá, mesmo que ele more pra lá de onde o vento perde as botas (detalhe bobo, não?).

LIÇÃO 8: Ponha na sua cabecinha de uma vez por todas que você só fala merda. Portanto, antes de ser cruel e injusta com o homem que te salvou do encalhamento, antes de entupir os delicados ouvidos dele com as suas cobranças e lamúrias, conte até 10 (50 vezes se for preciso) e engula esse monte de “shit” que você está pensando, sua maluca neurótica!! Indigestão e mau-hálito intelectual são infinitamente melhores que ficar sozinha.

LIÇÃO 9: Você não é melosa?? Não poooooode!! Masoquista que se preza tem que ser meloooosa!! Não se esqueça de mandar 92387489485 SMS pro celular do "deuso", dizendo que sente a falta dele, perguntando o que está fazendo, e todas aquelas cantadas uó. Envie zil e-mails apaixonados por dia. Mande links fofos e altamente ridículos. Mude o status do orkut para "namorando" e tasque um "meu lindinhuuuu" no campo "paixões". Mude o nick do MSN para "fulano, 'TI' amo pra sempre" ou qualquer outra bobagem emo escrita no mais puro internetês: "ti dolo, meu anjuu", "bjuxx de mel pro meu amorzinhuu", "xaudadixxxx do meu amor", "Fulana e Fulano prá sempreee S2" e por aí vai... Se tiver um blog, tá esperando o quê pra transformá-lo em "diário de uma paixão"?? Poste sem parar, uma declaração por dia. Se tiver sorte, ele quando muito comentará algo diretamente com vc, pq apesar de ser o cara em que mamãe passou açúcar, ele é muito discreto... se não, transforme-o em muro das lamentações - choradeira sempre é garantia de audiência e vc vai bombar no Google!!

LIÇÃO 10: Quando finalmente conseguir se libertar - ou porque encontrou um restinho de vergonha-na-cara escondido debaixo da unha do dedão do pé ou porque o Mr. Loverman resolveu, num instante de compaixão, assinar a sua alforria, chore, sofra, se blasfeme, arranque pentelhos com a pinça de sobrancelha, corte os bicos do peito... depois respire fundo e repita para vc mesma que ele, afinal, não é o único homem sobre a face da terra. Corra para a internet e arrme outro, oras! Há muito maluco por aí, um deles há de ser o seu."

12 de junho de 2009

[Eu te daria outra chance, eu cairia. Eu levaria um tiro por você.
Preciso de você como um coração precisa bater, mas isso não é nenhuma novidade.
Eu te amei com um fogo intenso, agora está ele está se apagando.
E você disse ''me perdoe'' como um anjo...]

[Oi, como você está? Como é pra você arruinar toda a minha auto estima?
Por 5 anos eu esperei, porque eu sou insensível para ir atras de você.
Quando você age como se nada tivesse acontecido eu sinto como se eu tivesse que me sentir mal. Mas eu não posso gostar de alguem que pensou que os outros são os únicos que importam. Eu espero que você esteja lisongeado porque você quebrou isso agora.
A melhor coisa que você nunca teve.]


11 de junho de 2009

Já encontrei o homem da minha vida. O problema é que eu não sou a pequena da vida dele. E isso é tão, mas tão óbvio que eu nem tento convencê-lo do contrário.
=)

10 de junho de 2009

"Mesmo que o furacão pare, que o vento cesse, que os dias passem mais devagar, que a chuva dê trégua... já ficou claro... o sol se abriu, secou o chão, abriu sorrisos para desaguar mais uma vez em tempestade... a noite não irá arder, o tempo não se fará presente e o livro ficará, por muito tempo, sem as últimas palavras."

6 de junho de 2009

"Hoje eu não sei o que quero. Se quero um "pouquinho disso", ou um "tantinho temporário daquilo."
Meus dedos tremem, meu pescoço ainda dói e a noite vai se deitando sobre meu corpo. Mas eu não estou batendo em sua porta agora. Ok. Olhei pela fechadura para se ver se estava aí, talvez esperando por mais algum gesto surpeendente meu. Mas tudo o que vi há poucas horas, foi seu corpo imóvel.
Dessa vez você não disse nada. Eu não disse nada. Apenas peguei meu coração e vim embora.
No caminho abri os braços para ver se o vento poderia me abraçar. Desejei que me abraçasse como se eu fosse uma estrela caindo do céu. Questionei se conseguia ver meu corpo querendo se dissolver na chuva. Choveu, trovejou, e eu não me dissolvi feito grão de açúcar em copo d'água.
O tempo passou, e encontrei novos sorrisos, novos olhares e novas palavras. E sabe aquele sorriso que eu lhe entregava no rosto? Ele não se desfez. Muito pelo contrário, está brilhando aqui comigo.
Seus dedos longos do outro lado da janela me fizeram falta esses dias. Senti saudade de coisas habituais, e de toda aquela nossa sinceridade gritante. Mas enfim, o tempo passou e eu não me dissolvi. Virei outra coisa. Um lado meu que renasceu, ou uma parte melhor minha que não conhecia. Mais forte, mais "clara", mais cabível em cada detalhe.
O estranho é pensar que o meu coração desacelerou e você nem percebeu. Mas não é isso que que dói. O que doeu hoje foi poder te dizer tudo isso, e não ter dito por achar que não vale mais a pena.
-É que aquelas palavrinhas me vieram à cabeça hoje:
"Não o suficiente para..." [suficiente????]
[Mas eu continuo com aquele pensamento: O tempo passa, e as coisas mudam.]"

5 de junho de 2009

"Dizem por aí que quando a gente quer muito alguma coisa, o universo inteiro conspira para aquilo acontecer. De repente tudo de encaixa. Surge uma folga, sobra um dinheiro, o céu se abre mas chove um pouco na hora de sair de casa, o tempo passa cada vez mais rápido e quando eu menos espero, quando eu não me aguento mais ... as coisas acontecem. E quando tem que acontecer, não tem bloqueio que impeça. Acontece, simples assim, igual àquela operadora de celular.
Tenho acreditado cada vez mais em vontades iguais que se misturam com o passar no tempo, nas coisas que o tempo faz. Tem gente que fica me pedindo pra escrever sobre isso tudo, mas eu não consigo, fiquei boba até com as palavras, elas me faltam porque é só suspiro com você. Escrevo umas besteiras pra ver se consigo distribuir um pouco de amor que já me sufoca, até um suspiro se perder num olhar qualquer, seu, até a falta de ar me provar que tanto amor já não cabe em mim, vive agora escapolindo entre um sorriso e outro. Tanto sentimento atropelou até os pontos: começo a escrever e não consigo mais parar.
Pausa.
Não ando muito bem pra escrever. É.... suspiros demais, pensamentos soltos demais, planos demais, sorrisos demais... que só a gente entende. Amor demais, isso sim."