28 de setembro de 2008

Tudo o que eu sabia, esqueci. Tudo, inclusive as pessoas. Tudo que eu não sei, não quero saber. Nada de previsões. A vida é uma ilusão, prefiro viver voando e ser feliz por um tempo curto do que ficar sempre no chão, esperando alguma coisa acontecer. Eu nunca soube esperar... E também não quis que o passado fosse revivido. Por mais que algumas coisas voltem a ser como já foram, elas estarão diferentes. Mais amadurecidas ou menos sérias, talvez. Também não dá para prever o futuro. Eu odeio o tempo. Não vou ficar aqui parada inventando planos. Nem vou enlouquecer esperando que tudo volte. Estou indo, mais uma vez... E dessa vez, cinco vezes mais rápido.

É que depois de quando tu ama mesmo alguém e não dá certo, acaba meio que te deixando com medo de compartilhar e se soltar dentro de um relacionamento.

25 de setembro de 2008

Quando eu era pequena, com choro comprido e dois dentes na frente, eu disse a minha mãe: angu dadá australopitecus. Com olhos não ouvidos repeti: angu dadá australopitecus e dessa vez mais forte, angu dadá australopitecos! Como por uma emergência, ela veio de encontro a mim. Facilitei, levantando do berço toda toda, feliz da vida por ter uma mãe poliglota que entendia minhas construções verbais mais criativas. Ela, com cara de quem entendeu quase tudo, levantou meu bumbum pra lua e me passou uma conclusiva camada de hipoglós.
- Mãe, em nenhum momento eu lhe disse hipoglós, eu disse com todas as letras an-gu da-dá aus-tra-lo-pi-te-cus. Qual parte do angu tu quer que eu desenhe? Quanto mais eu buscava ser entendida, mais meu bumbum cheirava a peixe e mais minha mãe boiava.
Quando eu era média, com rebeldia bicuda e todos os dentes de osso eu tentei novamente, fui bem em frente dela e lhe disse: mil bobagens. De maneira incrível, eu consegui lhe dizer mais bobagens do que angu dadá australopitecus. Eu lhe disse mil, mil, a mesma quantidade de gols do Pelé, mil bobagens. Mas dessa vez, ela não veio de encontro a mim. Também, eu não facilitei, passava dias costurando arame farpado entre minha boca e a dela. De madrugada, enquanto os arames dormiam, seu carinho saía do quarto, atravessava as farpas com perseverança e me beijava o rosto.
- Mãe, veja bem, em nenhum momento eu lhe disse essa coisa cafona de perseverança e beijo no rosto. Eu lhe disse com todos os números, mil, um dois dez cem mil, mil bobagens e gostaria de saber qual das bobagem tu não entendeu?
Quanto mais eu buscava não ser entendida, menos ela me entendia e mais sua perseverança me beijava.
Quando eu sou hoje, com um e sessenta de altura e um coração de sala, eu tento mais uma vez e por mais quantas sejam necessárias. Chego perto e digo a ela: obrigada pelo leite, mãe.

21 de setembro de 2008

Dar não é fazer amor.
Dar é dar.
Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido, mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca, te chama de nomes que eu não escreveria, não te vira com delicadeza, não sente vergonha de ritmos animais.
Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar, sem querer apresentar pra mãe, sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral, te amolece o gingado, te molha o instinto.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro.
Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para as mais desavisadas, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazia.
Dar é não ganhar.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: "Que cê acha amor?".
Dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.
Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor, esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar o suficiente pra nem perceber as catarradas na rua.
Se você for chata, suas amigas perdoam.
Se você for brava, suas amigas perdoam.
Até se você for magra, as suas amigas perdoam.
Mas... experimente ser amada.
Luiz Fernando Veríssimo

20 de setembro de 2008

...é assim que acabam com meu sábado

"Um acidente de avião nesta sexta (19) na cidade de Columbia (Carolina do Sul, EUA) deixou quatro mortos e feriu gravemente Travis Barker, ex-baterista do Blink 182, e Adam Goldstein, conhecido como DJ AM. Segundo as autoridades, os outros dois passageiros e os dois tripulantes do jato Learjet morreram.
O acidente ocorreu durante a decolagem na noite de sexta. Controladores de vôo relataram a ocorrência de faíscas na aeronave, que, logo depois, saiu da pista e se chocou contra uma cerca, pegando fogo e parando perto de uma rodovia.
Em entrevista à CNN, a porta-voz do hospital Joseph Still Burn Center disse que os músicos chegaram na manhã de sábado com graves queimaduras no corpo. Eles embarcaram no vôo depois de tocar em um festival em Columbia."
"Após o acidente, Travis estava extremamente relutante em ir ao hospital de helicóptero, mas como era melhor que uma ambulância, eles apagaram o Travis.
- Segundo sua ex-sogra, Gail Moakler, Shanna está arrasada e a familia toda está enviando suas orações ao Travis. Seus filhos ainda não estão cientes do que aconteceu com o pai."

18 de setembro de 2008

"Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão.
O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Você ama aquela petulante.
Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco. Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam.
Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que lsd, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.Você ama aquele cafajeste.
Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?
Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é!"

14 de setembro de 2008

You say you love me, love me again, but if you love me - where have you been? You say you need me more then anyone else, well go to hell - where have you been?

11 de setembro de 2008

Hoje acordei me sentindo tão bem, sem saber porque. Ai me lembrei que me sinto assim por amar alguém, por amar você. Nesses minutos aqui quieta, parada, pensando, tudo ficou claro para mim. O que é verdadeiro é o que sinto e já descobri que sem você minha vida é um desperdício de tempo.
Tenho que dormir, amanha estudar e criar coragem para te ligar, preciso te dizer... e você já sabe, é que eu amo você.
Estarei aqui para sempre quando tu precisar. Quando estiver triste, eu estarei pra te dizer: 'tudo vai ficar bem'. Eu nunca te deixarei partir e te mostrarei a verdade do nosso amor.Te libertarei dos vicios, das tempestades.Serei forte o suficiente para segurar a tua mão quando tu cair. Serei a única que te amará. Esta tudo bem. Tu voará pelas estações. Os dias serão eternos. Teu sorriso brilhará mais que o sol. Te darei a pincelada final. A todo momento te verei. Se for pra te salvar, tenho que ir para o inferno, eu irei. Morreria por ti. Faça o que quiser comigo. Eu te protegerei até o fim.
Minha recompensa: te ver feliz...

7 de setembro de 2008

Está melhorando ou você ainda sente a mesma coisa? As coisas vão ficar mais fáceis para você agora que tem alguém para culpar? Você disse um amor, uma vida, quando é alguém que a noite precisa. Um amor temos que compartilhá-lo. Ele te abandona, se você não cuida dele.
Eu te decepcionei? Ou deixei um gosto ruim em sua boca? Você age como se nunca teve um amor e quer que eu continue sem nenhum.Bem é muito tarde, esta noite
para trazer o passado a tona.
Somos um, mas não somos os mesmos.Temos que carregar um ao outro .
Você veio aqui pelo perdão? Você veio levantar os mortos? Você veio aqui brincar de Jesus para os leprosos que você inventa? Bem, eu pedi muito, mais do que o infinito? Você não me deu nada, agora é tudo o que eu tenho. Somos um, mas não somos os mesmos.
Bem nós, ferimos um ao outro e estamos fazendo de novo. Você diz: o amor é um templo, o amor é uma lei suprema. Você me pede para entrar e
então me faz rastejar. E eu não posso continuar me agarrando ao que você tem, quando tudo o que você tem são feridas ...

One - U2


4 de setembro de 2008

"Não digo que não tenha eu minha parcela , intransferível, de culpa. E se a tive, meu erro maior foi o de enxergar em ti as mais belas virtudes, a promessa do sorriso certo, a possibilidade do amor descomplicado, a turbulência da paixão desenfreada. Há tanto que procuro por mim ... Que pensei finalmente ter-me encontrado em tuas palavras. Ousei sonhar uma vez mais e nestes sonhos imaginei-me ao teu lado entre risos entrecortados e beijos ensandecidos. Imaginei-me tua. Imaginei-te meu. E mesmo que por um breve lapso de tempo, mesmo que tão somente em meu pensamento, assim aconteceu. Ensaiados, os versos de amor não encontraram seu destino. E os beijos, estes uma vez mais resignaram-se aos lábios meus. Não foi desta vez. Não ainda. Não o tão desejado momento de amar. Não o ser amada. Pergunto-me ainda se chegará este dia, e quando. Temo que seja tarde o dia em que ele finalmente chegue."

3 de setembro de 2008

"Na filosofia de Platão, o amor era algo superior, muito mais que qualquer amor carnal e erótico que pudesse vir a ser realizado. Era o desejo de amor e exaltação ao belo, à tudo que há de mais perfeito dentro de um processo de crescimento pessoal e espiritual.
Um amor sublimado, que sintetiza a beleza dos sentimentos mais puros e nobres.Um amor que não carece do contato físico, pois está acima dele. O que não significa contudo que ele não possa existir. Não dói, não machuca, não fere. Talvez porque não esteja susceptível ao 'não', ao 'nunca', ao 'jamais'. É um amor tipo 'sonho de consumo'. Mas que não se quer consumir, porque tudo o que não se deseja é que ele se acabe. Porque independente de qualquer coisa, nos transforma em pessoas melhores, por tudo de belo que nos inspira e pelo tudo que de mais puro buscamos encontrar dentro de nós mesmos para entregar a ele."
O que lhe apertava a garganta, espremia o pulmão, amassava o estômago e pisava sua língua era uma vontade infinita de saciar o seu cérebro...

2 de setembro de 2008

Você diria que precisa de mim? Porque eu preciso de você