16 de julho de 2008

Não há necessidade de ouvir explicações após a passagem de algo. Não há explicação coerente para despejar lágrimas, se isolar e lastimar sobre as esfinges da existência. Não há razão para cobiçar entender o porque de você sentir isso, ou aquilo. Gostar de músicas e venerar quem as canta, importar-se com pessoas que você nunca viu, muito mais que um vizinho que você já enjoou de ver a cara. De nada muda ouvir milhões de explicações minuciosamente elaboradas para te convencer que não é tão ruim, não foi a intenção agir de tal maneira, e do total desconhecimento das conseqüências futuras, agora presentes. Não muda em nada, ver um time ganhar ou perder, sua vida continuará a mesma. Não vai mudar em nada chorar dias e noites por algo perdido, não vai ocasionar a volta. Cantar a plenos pulmões, não fará ele ou ela te ouvir, ou se ouvir, não fará ele crer que aquilo é inteiramente para ele, ou ela. Realmente não importa, atos como este que parecem ser tão admiráveis e audaciosos, transbordam insignificância. Contudo, pessoas imploram por explicações, lutam por uma conexão entre o real e o sonhado, em que possam se sustentar. Não conseguem puramente aceitar que aconteceu, e ponto final…Acredito lealmente que pessoas gostam de padecer, viver entre comprimidos de Fluoxetina. Particularmente, odeio os porquês, e suas respostas…Covardia? Talvez, mas prefiro não saber que tudo é muito pior que parece.