6 de setembro de 2009

"Quando as palavras se ausentam, eu tento lembrar como e por onde elas fugiram. Me vem à mente os momentos com a cabeça encostada no vidro da janela, em que se eu tivesse onde ou com quem, teria despejado milhares de palavras dessas que eu queria ter agora. Mas não é só aqui, sentada nesse lugar em que as palavras fogem de mim.Isso vem ocorrendo frequentemente, quando me olho no espelho e tento explicar pra imagem que vejo ali, porque eu perdi a cabeça assim tão facilmente. As palavras do eu-lírico agora estão ao vento, e alguém tem culpa disso. Alguém que não roubou apenas o que ele tem vontade de dizer, mas também a sua voz secreta. Ah! Ele também teve um orgão seu roubado, mas não tem intenção nenhuma de capturar."