"Ele surgiu na minha vida como um furacão, invadiu meu quarto roxo, jogou meus ursos de pelúcia no chão e colocou em minhas prateleiras seus discos e livros. Apoderou-se da minha cama, dos meus lábios e do meu corpo...Tirava-me o fôlego ao beijar minha nuca, ouvia suas palavras como trovão ecoando em meu peito, tratava-me como sua menina, sua amante, sua mulher...Decifrava meus meandros e meus desejos como nem eu o faria. E eu, entregue, dava-lhe minha mão e permitia que ele me conduzisse pelos seus caminhos ensolarados.
Talvez ele tenha me encontrado mais frágil do que nunca, talvez eu não tivesse o discernimento dos sábios ou nunca antes tivesse sofrido por amor. O fato é que entreguei-me, e o fiz como nunca antes para homem nenhum. Ele chegou sem pedir licença e roubou meu coração, o guardou em seu bolso e, um dia, saiu pela porta da mesma forma que entrou. Sem avisos, sem prelúdios, sem explicações..."
Talvez ele tenha me encontrado mais frágil do que nunca, talvez eu não tivesse o discernimento dos sábios ou nunca antes tivesse sofrido por amor. O fato é que entreguei-me, e o fiz como nunca antes para homem nenhum. Ele chegou sem pedir licença e roubou meu coração, o guardou em seu bolso e, um dia, saiu pela porta da mesma forma que entrou. Sem avisos, sem prelúdios, sem explicações..."